Sergio Daher ressaltou o alinhamento entre as instituições organizadoras, gestores públicos e órgãos de controle em favor de um SUS eficiente
O seminário “Oportunidades e Riscos do Modelo de OSS”, realizado em Brasília (DF) nos dias 27 e 28 de maio, foi um sucesso de público e conteúdo. Essa é a avaliação de Sergio Daher, presidente do Ibross, que fez uma avaliação do que foi abordado, discutido e proposto durante os painéis, palestras e mesas de debates na sede do Tribunal de Contas da União (TCU).
“Mais uma vez mostramos a força conjunta dessas instituições organizadoras. O espaço estava totalmente cheio, e a interação entre uma plateia interessada e uma programação dinâmica foi intensa, me deixando satisfeito com mais um evento bem-sucedido e promotor de um sistema de Saúde cada vez mais amplo e melhor”, disse.
“Os objetivos das Organizações Sociais de Saúde e dos gestores da saúde são os mesmos — prover um atendimento digno, resolutivo, humanizado e ético a toda a população. Nesses dois dias de seminário, essa meta foi a constante de cada debate, demonstrando um alinhamento entre instituições e órgãos de controle na meta de salvar vidas por meio de um SUS eficiente, otimizado e abrangente. As OSS sempre necessitam de ajustes e melhorias, preenchendo lacunas e aliviando gargalos. Nesse sentido, a troca de ideias inovadoras me deu a sensação de otimismo para o futuro, apesar de todos os desafios”, analisou.
Sobre os aprimoramentos necessários, Daher citou aspectos políticos e jurídicos. “Um dos principais temas trazidos à tona nas conversações foi o da segurança jurídica. A gente precisa ter de fato uma legislação adequada em vários pontos para que o contratante e o contratado possam estabelecer uma parceria visando à gestão eficiente do equipamento ou da unidade pública, provendo e cobrando transparência, ética e lisura nas operações entre as partes”.
Seguindo nessa linha, o presidente do Ibross disse crer que a chave para o sucesso do modelo está no diálogo. “Os gestores públicos, a partir do momento em que estabelecem um vínculo contratual com uma OSS, já detêm o conhecimento das demandas e carências de suas unidades de atendimento. Essas informações têm de ser passadas de modo direto à contratada, firmando um diálogo constante entre as partes para a implantação dessas diretrizes. A partir do momento em que ambos discutem a atividade-fim, criando em conjunto de estratégias para atingi-la, com certeza o restante fica mais fácil de ser executado”.
Daher se mostrou satisfeito pelo fato de o encontro ter contado mais uma vez com a participação de um representante do Ministério da Saúde. “O envolvimento do Ministério da Saúde é importantíssimo. As OSS são um modelo consolidado no Brasil, com muitas unidades públicas estabelecendo parcerias com as Organizações Sociais de Saúde. A participação da pasta federal é muito simbólica para todos nós porque chancela e dá credibilidade aos nossos associados e às nossas iniciativas”, concluiu o presidente do Ibross.
